quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gripe A



Israel, através do seu ministro e deputado Yakov Litzman do partido ultra-religioso do judaísmo Torah, propôs que no seu país a gripe suína fosse chamada de gripe mexicana por ser a carne suína considerada impura pela religião judaica.
O governo mexicano manifestou-se e formalizou o descontentamento com esta proposta israelense e estes voltaram atrás.
A OMS, dizem que por pressões, acabou oficializando a mudança do nome da gripe suína para gripe A, mas vários países acabaram por adotar a proposta israelense.
Torço para que o Litzman já tenha se lembrado de solicitar verbas para combaterem a gripe A em Israel e que não tenha nenhum papel na decisão do Egito de mandarem matar os 300 mil porcos daquele país.

Que não chores na Espanha

Foto do site Grande Prémio

Sempre fui, e ainda sou, torcedor do Rubens Barrichello. Tenho o mesmo como um boa praça e um ótimo piloto, comprovadamente um dos melhores acertadores de carros do circo da F1. Esta última característica foi comprovada mais uma vez quando Ross Brawn decidiu manter o mesmo em ação na antiga Honda e nova equipe Brawn para garantir o desenvolvimento do seu carro pouco trabalhado no período de testes. Inclusive tenho-o como um dos concorrentes ao título deste ano e torço para que esta possibilidade se concretize.
Mas o estilo chorão, conhecido desde os tempos de menino quando corria de kart, estraga a sua imagem, e pessoalmente irrita-me, e alimenta as brincadeiras dos seus próprios compatriotas em relação a qualquer dificuldade em conseguir títulos ou vitórias, ainda que estes saibam que muitas das vezes ele esteve em desvantagem técnica em relação aos concorrentes, inclusive companheiros de equipe como por exemplo na “Ferrari – Schumacher”.
No GP de Bahrein, Rubens ao voltar de umas das paradas de boxes voltou atrás da Willians do Nelsinho Piquet, e este que legitimamente e de forma leal lutava para manter a sua posição, ainda que com um carro inferior e por isso atingindo velocidades inferiores ao que a Brawn naquele momento tinha de potencial, fez Rubinho se irritar e gesticular como se Piquet tivesse a obrigação de lhe estender um tapete vermelho e lhe dar passagem. Ainda esta semana, em entrevista, continuou reclamando da postura do compatriota e culpando-o por ter perdido tempo e por isso não ter conseguido uma melhor posição na corrida. Sem sentido, Rubinho!!!
Barrichello é ainda um dos melhores em ação, não precisa que lhe facilitem a vida e nem procurar justificativas. Tem que fazer o que fez ao cravar a faca nos dentes e executar a ultrapassagem, colocando para isso a sua baratinha de lado e depois então ir embora.
Na Espanha tenho um pressentimento que o Rubinho mostre ainda mais da boa performance que já mostrou em 2009. Lá o seu estilo de pilotagem, pelo o que os especialistas dizem, não afetará tanto o sistema de freios da Brawn que tem uma limitação na refrigeração desde os tempos da antiga Honda, que fez inclusive que ele corresse sem as calotas traseiras no último GP que só por isso já faz perder pequenos décimos de segundos muito importantes em uma disputa de alta tecnologia e de busca de pequenas diferenças para chegar na frente.
Que venha a Espanha!

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril em Moçambique

Como um relato histórico, editei e reproduzo aqui partes de uma entrevista de um dos maiores intelectuais em solo moçambicano nos tempos coloniais fascistas. Entrevista esta dada à Rádio Nacional, ao programa “Em Limite”, pelo Dr. Adrião Rodrigues.
O Dr. Carlos Adrião Rodrigues, como advogado renomado em Moçambique, deu assistência jurídica a muita gente perseguida politicamente pela ditadura fascista da época.
Não posso deixar aqui de realçar o apoio que ele, a sua queridíssima falecida esposa Quina, os seus pais, o seu irmão Vitor e a sua então esposa Teresa, deram à minha família, inclusive material. Isso quando o meu Pai como jornalista e homem questionava o modelo colonialista fascista da época, e por isso passou por grandes dificuldades que o sistema lhe oferecia, e ainda depois da sua morte quando a minha Mãe passou a fazer o papel de Mãe e Pai.
Mas hoje tudo isto é motivo de festejar. Afinal, além de tudo, festejamos hoje o 25 de Abril.
Parabéns Portugal ! Parabéns Moçambique !


1a. Parte


2a. Parte


3a. Parte


4a. Parte


5a. Parte

domingo, 19 de abril de 2009

Flamengo, Campeão da Taça Rio - 2009

Tudo bem que não foi bem em uma “água lisa”, mas o Flamengo acaba de faturar a Taça Rio em cima do Botafogo.
Agora decidirá o Campeonato Carioca, em dois jogos, com o próprio Botafogo que foi o campeão da Taça Guanabara.
Existe um clip de homenagem à torcida do Flamengo que receio que o “i Tunes” não disponibilize ao público, e por isso vou facilitar o acesso ao mesmo por aqui.
Tirando as brincadeiras, e consciente que os jogos mais importantes virão agora nas finais do Campeonato Carioca com o forte alvinegro, só torço para que este mesmo Botafogo não venha a culpar o juiz – afinal é um eterno complexado ao se sentir perseguido pelos juízes - por ter feito um gol contra na derrota de hoje.


Ivon Curi em Moçambique

O cantor brasileiro Ivon Curi ao centro, e o jornalista Gouvêa Lemos à direita.

Ivon Curi, o carioca que era mineiro, nasceu na cidade mineira de Caxambu em 1928 e veio a falecer em 24 de Junho de 1995 na cidade do Rio de Janeiro, onde veio a ganhar o sucesso que o projetou, inclusive além fronteiras do Brasil.
Foi um dos cantores brasileiros que ganharam espaço na mídia nas ex-colônias portuguesas em África, tendo estado em Moçambique pelo menos por duas vezes. Uma na década de 60, onde pode ser visto na fotografia junto ao jornalista Gouvêa Lemos, e depois em 1971 quando foi junto com a grande Clara Nunes, em uma turnê pela África do Sul, Angola e Moçambique, quando nestas duas províncias portuguesas se organizava o primeiro concurso de Miss, onde as vencedoras viriam a representar as Províncias Ultramarinas no Concurso Miss Portugal.
Mais um exemplo do antigo contato, neste caso via música, entre os países sul africanos e o Brasil, registrado na época pelo jornalista Gouvêa Lemos.

sábado, 18 de abril de 2009

Jornalista - ainda uma profissão perigosa em Moçambique

Recebi de um amigo um "recorte" de uma edição do Diário de Notícias desta semana, com a notícia abaixo. Fica-se apreensivo com estes factos, pois daqui para se chegar a uma tragédia como a do jornalista Carlos Cardoso é um passo.
Fica-se agora na expectativa de quais as consequências reais e formais para o acusador de Felismino Jamissone, e autoridades (orgãos da justiça local e do estado) quando se tem conhecimento que o empresário, de que a notícia não informa o nome, retirou a queixa um mês depois da detenção da vítima porque reaveu o dinheiro, pois afinal estava bem guardado por familiares (!), e o que vai ser investigado e concluído sobre as ameaças que o outro jornalista, Raimundo Matola, vem sofrendo do Secretario Permanente do distrito de Marrupa, Domingos Covane.

Com a devida vénia, do Diário de Notícias:

MISA-Moçambique denuncia detenção ilegal de jornalista
(Maputo) O MISA- Moçambique veio a publico denunciar actos de intimidação a dois jornalistas em serviço na província do Niassa, um dos quais detido durante um mês sem justa “causa”.
Os visados, segundo o MISA- Moçambique, são um produtor radiofónico da Rádio Comunitária de Mecanhelas, Felismino Jamissone, e um jornalista da emissora publica nacional, a Rádio Moçambique (RM), baseado em Lichinga, Raimundo Matola.
No primeiro caso, segundo a fonte, o produtor radiofónico foi ilegalmente detido nas celas da Polícia (PRM) no distrito de Mecanhelas durante cerca de um mes, entre Janeiro e Fevereiro do corrente ano, alegadamente por este ter furtado dinheiro de um empresário local. Em comunicado, o MISA- Moçambique refere que Jamissone, produtor de um programa sobre direitos humanos, no qual vários cidadãos intervêm criticando quase que constantemente a actuação dos agentes da PRM naquele ponto do sul do Niassa, “foi inexplicavelmente” acusado de ter furtado 60 mil Meticais, no decurso de uma festa de passagem do ano, na residência do empresário.
O Núcleo Provincial de Niassa do MISA-Moçambique apurou que a Procuradoria da República ao nível do distrito de Mecanhelas, desde princípio, não haver matéria para deter o acusado, recomendação que não foi acatada, tendo o produtor sido mantido em reclusão e mais tarde transferido para a Cadeia Distrital de Cuamba, para onde os indiciados em Mecanhelas eram, até recentemente, levados, uma vez que este distrito ainda não tinha juiz, refere o comunicado.
Porém, segundo o MISA, Jamissone viria a ser restituído a liberdade cerca de um mes depois, após o empresário, que o acusara, ter retirado a queixa, por alegadamente ter “recuperado” o seu dinheiro, afinal guardado em lugar seguro por membros da sua família na sua residência.
O segundo caso envolve o jornalista da RM, Raimundo Matola, e o Secretario Permanente do distrito de Marrupa, Domingos Covane.
Matola afirma estar a ser alvo de telefonemas intimidatórios provenientes do Secretário Permanente que não terá gostado de um despacho noticioso seu no “Jornal da Manha” da RM, do dia 30 de Março último.
No referido despacho, Matola reproduziu criticas feitas a administração daquele distrito pelo Ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, durante a sua última visita aquele distrito, entre os dias 26 e 28 de Mar passado, onde deplorou os magros resultados alcançados pelo distrito na aplicação de Investimento de Iniciativa Local, vulgo ‘Sete Milhões’.
Reagindo ao despacho noticioso contendo as críticas de Cuereneia, segundo o MISA, o Secretario Permanente de Marrupa, Domingos Covane teria enviado uma mensagem por telemóvel dizendo que o jornalista “destruiu o governo de Marrupa” e que assim fez por não lhe ter sido oferecido comida.
Covane termina a sua mensagem ameaçando o jornalista de vir a “passar mal”.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

comÁfrica.org



Ao ter-me manifestado sobre a reportagem do Esporte Espetacular, a qual intitulei aqui na Lanterna Acesa de "Tempos de apartheid", acabei por receber um simpático e.mail da comÁfrica.org, através do seu diretor de comunicação, Dr. Salomon Blajberg.
Por fomentar os conceitos de amizade e solidariedade entre os países sul-africanos e o Brasil, por reforçar a importância do fato histórico do jogo que não aconteceu em 1959 na cidade do Cabo, pela iniciativa que tiveram em pesquisar o nome do meu Pai e a fotografia que fizeram do mesmo, pedi a autorização para transcrever aqui o e.mail, que creio deva ser de interesse dos visitantes da Lanterna.
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Prezado José Paulo Moreira de Carvalho Gouvêa Lemos.

Tivemos a satisfação de acessar o seu blog http://lanternaacesa2.blogspot.com/2009/04/tempos-de-apartheid.html , pois estamos acompanhando através de buscas na internet as repercussões da reportagem "Há 50 anos, Portuguesa Santista sofreu com racismo na África do Sul" veiculada no Esporte Espetacular em 12/04/09.
O Instituto ComÁfrica, também denominado comAfrica.org, antigo Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Povos da África do Sul e Namíbia - COMÁFRICA, fundado em 22.08.1985, dá continuidade à ponte entre pesquisa acadêmica e a efetivação da política externa como política pública pela sociedade civil no Brasil.
Neste sentido contribuímos para que os 50 anos das primeiras manifestações brasileiras contra o apartheid fossem condignamente comemorados com a matéria veiculada.
Mais abaixo reproduzimos o boletim enviado para anunciar a transmissão da reportagem, que estava programada para 5/4, porém por problemas técnicos só se efetivou no dia 12, coincidindo com os 50 anos do "jogo que não houve" e que mudou os rumos da relação do Brasil com a África do Sul. O Boletim, traz algumas informações mais detalhadas sobre o episódio inclusive com dois links para páginas de nosso site que motivaram a reportagem e onde o assunto é relatado.
Além de repassar estas informações, gostaríamos de manifestar o apreço pela figura de seu Pai, que nos foi dada a conhecer de forma fragmentária no âmbito das buscas na Internet mas que nos revelou o perfil de um jornalista investigativo, combativo e anti-colonialista cuja memória merece ser cultivada nos países de língua portuguesa.
Gostariamos igualmente de solicitar autorização sua para incorporar a foto publicada em seu blog, bem como seu depoimento, a nosso acervo de memória social.
Como poderá notar no texto do Boletim abaixo, pretendemos futuramente levar ao site materiais sobre estes acontecimentos, que incluem também uma pesquisa mais aprofundada sobre a receptividade que teve a Portuguesa Santista em Moçambique e Angola após terem seus jogadores sido vitimizados pelo Apartheid. Consta nos que em Lourenço Marques foram recebidos em meio a manifestações populares. A foto publicada em seu Blog é com certeza uma demonstração da solidariedade de seu Pai, representativa da solidariedade moçambicana.
Assim, se por acaso no acervo do Jornalista Gouvêa Lemos existirem outras recordações desta época, inclusive no âmbito do jornal "A Notícia", sugerimos que as publique caso seja possível .
Ficamos ao seu dispor e prezamos muito a contribuição feita em seu blog à amizade entre o Brasil e os povos africanos.

Saudações solidárias
Instituto ComÁfrica
Salomon Blajberg ,Ph.d. Viena
Diretor - Comunicação
Director - CommunicationCaixa

domingo, 12 de abril de 2009

Tempos de apartheid


Á esquerda o jornalista Gouvêa Lemos com parte da delegação da equipe brasileira Portuguesa Santista. (Jornal "Notícias", de Lourenço Marques)

Tenho esta fotografia como uma das recordações do meu Pai como jornalista (repórter, cronista, diretor de redacção).
Foi quando da visita a Lourenço Marques, Moçambique, em 1959, do clube de futebol brasileiro Portuguesa Santista.
O que eu não sabia é que nessa excursão da Portuguesa por África, em especial pelas colônias portuguesas, também haviam passado pela África do Sul, onde iriam jogar na cidade do Cabo, e que acabaria por haver um incidente diplomático entre o Brasil e a então África do Sul, porque estes últimos não aceitaram que três dos jogadores da Portuguesa, por serem negros, participassem da partida.
Os jogadores da Portuguesa, com o apoio do governo brasileiro, já no vestiários, depois de já terem passado por humilhações no porto por terem negado inicialmente o desembarque a estes três jogadores, e ao ficarem sabendo que estes estariam proibidos de participar, negaram-se a jogar e retiram-se do estádio e do país.
Com esta decisão passou a ser o Brasil um dos primeiros países, tendo na época o Juscelino Kubitschek como Presidente da República, a tomar uma posição internacional contra o regime do apartheid.
Indico que se assista à reportagem exibida hoje no “Esporte Espetacular”, da TV Globo, abaixo.


sábado, 11 de abril de 2009

Salto de Santa Helena - Tibagi, Paraná

Tenho andado por este Brasil, seja a trabalho ou a passeio com a família, com alguma rotina. Não me canso de me supreender com os constantes postais que encontro neste rico país em questões de paisagens e recursos naturais.
O mês passado, eu, a mulher e o filho mais novo, andamos pelo interior do estado do Paraná e paramos em Tibagi, no centro oeste do estado.
Esta queda d'água, de nome Salto de Santa Helena, é só uma amostra do que por ali se vê e sente-se das águas do lugar.
  • A foto é de minha autoria. Estejam à vontade para a usar da melhor forma, mas se possivel identifiquem o lugar, e se não der muito trabalho, o responsável por ter "clicado" a mesma.